O primeiro Fashion Revolution Day, que aconteceu no dia 24 de abril, já começou fazendo diferença na moda mundial. O projeto, que surgiu na Inglaterra e conta com a participação de mais de 60 países – o Brasil incluído – levou milhares de pessoas a participar e apoiar com suas fotos usando roupas ao avesso, o símbolo da campanha nesse ano.
Dentre as personalidades envolvidas no projeto global está Orsola de Castro, criadora e curadora do Esthetica no London Fashion Week; Jocelyn Whipple, especialista em moda sustentável, Sarah Ditch diretora do Ethical Fashion Forum; Sandy Black, professora no Centre for Sustainable Fashion; Livia Firth, criadora do Eco Age e do Green Carpet Challenge e Dilys Williams, diretora do Centre for Sustainable Fashion – London College of Fashion.
Diversos eventos pelo planeta marcaram a data de inauguração. Desfiles, debates, filmes, flash mobs, passeatas, tudo em prol da crescente conscientização em torno da ética e sustentabilidade na moda. No Brasil, muitas pessoas também vestiram suas roupas #insideout e inúmeros veículos de todo o país citaram a campanha e incentivaram a participação de todos.
O Fashion Revolution no Brasil foi lançado em parceria com a quarta edição do SP.ECOERA, no A CASA museu do objeto brasileiro, em maio desse ano, para fortalecer o objetivo de conectar a moda sustentável brasileira com o mercado global. O evento paulista une marcas, projetos, empresas e consumidores com as questões sociais e ambientais dos mercados da moda, design e beleza.
Em julho o Fashion Revolution Brasil esteve na Universidade Federal de Goiânia (UFG), em Goiás, na 14˚ edição do evento nacional NDesign 2014, apresentando aos alunos e participantes a campanha e suas propostas – além das soluções possíveis no design de moda que priorizam a sustentabilidade, aliada à estética.
A importância dessa abordagem é esclarecer as mazelas da indústria da moda e mostrar que a mudança é possível. Uma abordagem holística em busca de inovações e soluções que valorizam as pessoas, o meio ambiente, a criatividade e o lucro em igual medida – a moda como uma força para o bem.
Belo Horizonte
Na capital mineira, a campanha será apresentada pela primeira vez em um evento gratuito que mescla uma mesa redonda e um bate papo descontraído com profissionais do meio. A proposta é criar e oferecer um espaço em que estilistas, marcas, interessados e envolvidos na moda em geral possam analisar – de uma maneira mais ampla – as possibilidades de se trabalhar com recursos sustentáveis, através de exemplos, troca de experiências e apresentação de novos métodos e novos materiais. Outra intenção do Fashion Revolution é conectar os participantes do evento com os acontecimentos e plataformas globais da área, além de incentivar uma reconexão com toda a cadeia de produção, incentivando o consumo consciente. Saber quem fez as roupas que vestimos, de onde vieram, em que condições foram feitas… Principalmente em tempos em que o trabalho escravo continua fazendo parte da indústria têxtil e, mais do que nunca, a natureza precisa ser preservada.
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