Chef dá dicas para escolher as melhores opções para compor saladas ou enfeitar pratos quentes
Embora ainda não tenham ganhado a cena nos lares brasileiros, as flores figuram pratos em restaurantes de alta gastronomia há algum tempo. Elas podem dar um toque às refeições, deixando-as mais atraentes e também conferir sabor e nutrientes a elas, dependendo das características da planta.
Não existe uma forma correta de adiciona-las aos pratos, mas apesar de combinarem com todos os tipos de alimentos, nem todas se dão bem com o cozimento. O ideal é que sejam acrescentadas na finalização dos pratos. Deste modo, tanto o efeito decorativo, quanto a delicadeza aromática das pétalas serão preservados.
“Uma boa dose de criatividade é o ponto de partida para criar combinações que sejam atraentes e despertem o interesse de quem vai degustá-los”, afirma Patrick Ambrogi, docente do curso de Gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi. “Decore pratos quentes e frios, sopas, saladas, molhos e infusões. Flores com cores vibrantes, podem colorir e enfeitar massas de pães, bolos, tortas, biscoitos e sorvetes”, completa.
Normalmente as flores mais neutras, indicadas para todos os tipos de preparo, terão somente um efeito visual. Já as de sabor mais acentuado, devem harmonizar e compor as características dos pratos. Por isso, é necessário experimentar e conhecer o sabor e aroma das flores para acertar em cheio nas combinações.
Entre as mais conhecidas e utilizadas pela culinária, estão o amor perfeito, capuchinha, flor-de-mel, cravina, borboletinha, mini-rosa, borago, kalanchoe, crisântemo, calêndula, camomila, hibisco, lavanda e algumas espécies de orquídeas, além das flores das ervas aromáticas, como as do manjericão, cebolinha, tomilho, alecrim, dill e do coentro.
Mas, atenção!
As flores utilizadas como alimento não devem ser de ornamentação, encontradas em floriculturas ou lojas especializadas em jardinagem, pois o seu manejo requer cuidados especiais para que sejam consumidas sem aplicação de agrotóxicos. Por isso, devem ser adquiridas diretamente de produtores especializados ou ainda nas sessões de saladas dos supermercados. Como são bastante delicadas, devem ser mantidas resfriadas e utilizadas com o maior frescor possível.
“Se puder, cultive-as em casa, garantindo um manejo natural, sem uso de aditivos químicos. Os cuidados são semelhantes aos das ervas aromáticas, porém, cada uma tem características específicas de rega, sol e nutrientes”, conclui o chef.