No portal Rede Artesol é possível encontrar grupos que
criam peças artesanais em diferentes regiões do país. Saiba mais:
Artesãs da Cooperativa Tuariate, que vivem na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, na Amazônia paraense
Nesse Natal, que tal valorizar e contribuir para o crescimento de mulheres que lideram negócios sociais, transformando suas histórias de vida e também a história de suas comunidades? Essas mulheres estão no país inteiro, desde a periferia de São Paulo até comunidades indígenas amazônicas, e graças a um trabalho contínuo da Rede Artesol é possível conhecer e valorizar seu trabalho, seu empreendedorismo e sua arte.
As mulheres representam mais de 90% dos artesãos brasileiros e atuam com técnicas tradicionais como a tecelagem, os trançados, a cerâmica e os bordados. A partir conhecimento e técnicas herdados de mães, avós e mestras artesãs de suas comunidades, elas criam produtos de moda, decoração e arte popular feitos com matérias-primas naturais, em geral típicas de sua região. São peças que mantêm vivas influências culturais do interior do país, transitando entre o ancestral e o contemporâneo.
A atuação dessas mulheres é mapeada pela Rede Artesol, que atua no país inteiro levando capacitação para que associações de artesãos consigam acessar o mercado e valorizar seus produtos. Para isso, o portal da ONG (artesol.org.br) tem um canal efetivo de negociações e interlocução entre as associações e o consumidor final. Assim, é possível acessar diretamente os artesãos ou encontrar lojas em diversas cidades do país que comercializam os produtos, praticando princípios do comércio justo.
O artesanato e a inserção produtiva das mulheres
Boa parte das mulheres artesãs que integram a Rede Artesol vive em regiões com poucas oportunidades de trabalho, como é o caso de bordadeiras do Conjunto Habitacional Cingapura, em São Paulo; as rendeiras que vivem em cidades do agreste alagoano; as ceramistas do Vale de Jequitinhonha, em Minas Gerais; e outras comunidades tradicionais distantes dos grandes centros urbanos. As artesãs atuam na economia criativa para superar estigmas não apenas de gênero, mas também a baixa escolaridade e a falta de acesso a recursos econômicos.
Algumas indígenas, quilombolas ou ribeirinhas que, através do artesanato, conseguiram proporcionar melhor educação aos filhos, melhoraram sua autoestima. Em alguns casos, enfrentaram situações de violência doméstica e se organizaram coletivamente, assumindo a liderança de suas comunidades.
Onde comprar os produtos
Todos os produtos estão disponíveis no Instagram @artiz.oficial ou nos links abaixo:
Grupo Joias do Quilombo
http://www.artesol.org.br/rede/membro/joias_do_quilombo
Artesãs da Copartt
http://www.artesol.org.br/rede/membro/copartt_cooperativa_de_artesanato_do_trancado_tupinamba
Grupo Arte e Talentos de Barreirinha
http://www.artesol.org.br/rede/membro/grupo_artes_e_talentos
Cooperativa Turiarte
http://www.artesol.org.br/rede/membro/cooperativa_de_turismo_e_artesanato_da_floresta_turiarte
Artesãs do Vale do Jequitinhonha
http://www.artesol.org.br/rede/membro/zezinha_maria_jose_gomes_da_silva
http://www.artesol.org.br/rede/membro/alaize_lopes_ferreira
A Rede Artesol
A Artesol, ONG criada há 20 anos pela antropóloga Ruth Cardoso para promover o artesanato brasileiro, está realizando em 2019 uma nova etapa do projeto Rede Artesol, dobrando o número de membros apoiados pela iniciativa, incluindo mestres, artistas populares e novas associações. A proposta é fortalecer a cadeia do artesanato no âmbito da economia criativa e ampliar o impacto do projeto que hoje já beneficia 120 núcleos de artesãos inseridos nessa rede batizada oficialmente de Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro. A Rede conta com o patrocínio da Vale e o apoio da Pernambucanas por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
Para potencializar os negócios dos artesãos, o projeto contempla viagens a campo para uma capacitação focada em ferramentas de comunicação para melhorar as estratégias de comercialização dos grupos.
“Além do mapeamento no portal online, estamos muito felizes de ver a rede se materializar em inúmeras conexões, parcerias, pesquisas e negócios que devem se intensificar a partir da nova fase da iniciativa”, afirma a coordenadora do projeto Josiane Masson.
Exemplo de conexões com mercado
Um dos grupos que integra a Rede Artesol é a Central Veredas, cooperativa que reúne cerca de 200 artesãos no noroeste de Minas Gerais. São nove diferentes grupos que atuam com técnicas como tecelagem manual e bordado, sendo que cada núcleo fica responsável por uma etapa do processo produtivo, um grupo faz a fiação, outro faz o tingimento natural dos fios com raízes e sementes do cerrado, outro grupo faz a tecelagem e outros fazem o bordado.
Depois de entrar para a Rede Artesol, a cooperativa já fez exportação para a França e recebeu encomendas dos Estados Unidos. Eles foram acionados também pela estilista Flávia Aranha (flaviaaranha.com) para produzir as peças de uma coleção lançada na São Paulo Fashion Week em 2019.
www.artesol.org.br
http://www.facebook.com/ArtesanatoSolidario.Artesol/
http://www.instagram.com/artesol_oficial/
http://www.youtube.com/user/ArtesanatoSolidario