Já tem um tempo que venho observando casais nas mais diferentes situações e como eles têm andado separados. Mesmo juntos. O celular, claro, é um dos vilões dessa nova maneira de se relacionar – se bobear, eles estão conversando pelo whatsapp, estando um ao lado do outro – e o carinho e as carícias também sumiram. Alguém pode me explicar por quê?
Eu sou adepta dos beijos, mãos dadas e demonstrações de afeto com aquele que escolhi pra mim. Teria algum outro motivo de estar com uma pessoa se o desejo de estar junto e abraçar e beijar não fosse constante? Eu ainda sofro de períodos de abstinência – meu amor é carioca – e não perco tempo quando estamos juntos. É um grude só!
Afinal, o objeto de interesse é o outro. Não entendo trocar uma boa conversa olho no olho por besteiras no celular, ignorar quem a gente ama para acompanhar o futebol no barzinho ou simplesmente passar todo o jantar como se nem estivesse presente. Essa ausência de mente é ainda mais humilhante. E está cada vez mais constante.
Acredito no romance à moda antiga, do tipo que ainda manda flores – amo! – se declara e coloca esse sentimento para o mundo todo ver. Claro que, com parcimônia. Um roçar de mãos, o olhar de cumplicidade, aquele beijinho na testa de puro respeito…Ainda me emociono com rapazes esperando a amada segurando flores nos desembarques de aeroporto, velhinhos de mãos dadas pelas praças, poemas jogados ao vento. Recomendo ignorar besteiras e mostrar a quem se ama tudo aquilo que é puro sentimento. Nessa vida louca e curta, o que vale, ainda, é amar a cada momento!