Opa!!!
Luciana Sena
Gente…Eu dei uma sumidinha né? Mas tem explicação! Desde que eu cheguei eu me divido em mil (sim, sou exagerada mesmo). E o último mês foi o que mais exigiu de mim. Ou seja: me dividi em duas mil!
Tenho um professor no Mestrado que sempre pergunta como estamos, se cuidamos da saúde e principalmente se estamos – principalmente!!! – passeando por Paris, conhecendo cada cantinho, visitando esquinas históricas… Nesse momento uma risada compartilhada entre os olhares é geral…Ele vê e insiste: “Vocês estão em Paris, façam valer cada dia aqui”!
Mas volume de leitura e trabalhos para realizar é insano. Portanto, chega o fim de semana, tá todo mundo meio morto, é hora de descansar e focar na produção acadêmica para não deixar acumular.
Contagiada por essa lógica, eu estava meio “blasée” com relação à cidade e tudo que ela tem para oferecer. Abracei a fórmula métro-boulot-dodo*!
Até que na última semana eu estava lendo no metrô e, distraída, não desci na estação Saint-Michel. Tive que descer em Châtelet e voltar, não estava atrasada, mas estava p… da vida com minha lerdeza e não tinha tomado café suficiente para agir de forma “fofa”. Eis que, no meio do caminho, aquele tumulto de carro, sirene berrando, tive que aguardar o sinal fechar para atravessar…
De repente, ao levantar a cabeça, me deparo com a Notre-Dame! Suspirei, desacelerei, parei, não atravessei, fiquei lá olhando, admirando…Perdi o ar! Ela é simplesmente linda. E eu ali, minutos antes, resmungando como uma típica parisiense: Ridícula…Ela salvou meu dia!
No último sábado um dos meus amigos jogou no grupo do Whatsapp: “Bora para um sambinha hoje?”
E todo mundo responde:
“ Boraaa” É sempre uma farra! E um dos raros momentos que saímos da rotina.
Ela é tão presente, que sou quase capaz de fazer tudo vendada: RER B, desço em Denfert-Rochereau, pego metrô linha 6, durante o trajeto dou uma olhada no Instagram, Facebook, Whatsapp…e de repente outra imagem, quase me dando um tapa na cara para ver se eu acordo e para me lembrar onde estou…Ela mesma, a Torre, impiedosa “sambando” na minha cara. Aí meu coração dispara!
E nesse momento eu entendo perfeitamente a insistência do meu professor que quase nos obriga a passear por Paris. Aqui não é uma cidade como as outras, definitivamente não mesmo! Às vezes, eu tenho a impressão que Paris, seus monumentos e seu ritmo dialogam com a gente. E, pasmem, isso não acontece só com estrangeiro não. Tenho amigos franceses que vieram de outras cidades e ao comentar sobre essa experiência, eles foram unânimes e concordaram comigo. Rimos muito, pois é muita ‘jequice” junta….kkkkkk
Foi uma conversa deliciosa que nos aproximou ainda mais. Concluímos que independentemente das nossas origens, estar em Paris é um privilégio! Então é isso, voltei com tudo, com muito gás e louca para viver aventuras!
Semana que vem mando mais notícias
Bisous,
Lu Sena
*métro-boulot-dodo
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