“Que pode uma criatura senão,
Entre criaturas, amar?
Amar e esquecer, amar e malamar,
Amar, desamar, amar?”
É, amigos…O tema de hoje é o tal amor. E como ainda existem pessoas que não sabem amar. Nem tampouco se deixam amar. Mas isso não é tema fácil, porque amar pode ser um tanto dolorido.
E como tudo que dói e deixa marca ele pode simplesmente desaparecer das nossas vidas de tempos em tempos. Como quando a inspiração se vai, o suspiro vira lamento e a flor é apenas flor. A vida sem poesia é a rotina sem amor.
Mas o amor precisa ser dosado, medido. Ele é um amadurecimento da paixão. Amor sem limite perde controle e pede sempre mais. E nem sempre o outro consegue transbordar. Nem todo mundo está disposto a tudo por amor. Tem gente que prefere o amor calmo, sem muito alarde. Aquele amor que é um aconchego, tranquilo sussurrar.
Eu gosto do amor que grita. Que manda flores, faz declarações, chora, sofre, se rasga. Não consigo ser morna e prefiro me arder por inteira. Já fiz loucuras por amor e quebrei a cara. Já me atirei sem rede de proteção e só encontrei o chão. Porque quem ama sem medida precisa de alguém que lhe acolha por inteiro. Que seja o mundo para você. E nem todo mundo está disposto a ser o mundo de alguém.
Afinal, a gente só dá o que recebe. E o que conhece. Quem é amado sabe amar, por mais que tenha feridas demais. Quem ouve “Eu te amo” dos pais ou dos amantes, sabe soletrar essas palavrinhas mágicas. Mas quem não viveu um amor ou se decepcionou mais do que amou, não consegue nada não.
E nem sempre é culpa de ser amado. A dureza pode existir por várias razões. Desde um abraço negado na mais tenra infância até aquela paixão avassaladora que termina por descobertas indecentes, de falta de caráter e mentiras. E o coração se fecha, os abraços se perdem e o amor se vai.
Mas amar é cíclico. Só se cura um amor com o outro, ele precisa sobreviver. Claro que vamos entrar com mais cautela. Talvez um pouco mais desconfiados. Mas não existe fórmula pronta. Não podemos amar menos se realmente queremos amar. Não existe meio amor. Existe mais razão. Mais amor próprio. Menos obsessão. Mais conversa. Tudo que é combinado não sai caro, já dizia algum sábio por aí. Em um mundo egoísta, onde cada um só pensa em si, o compartilhar é cada dia mais raro. E um relacionamento sem diálogo só tem um destino: o fracasso.
Então, amigos, o negócio é amar. E falar. Prestar atenção nos detalhes – homens, please! – comemorar as pequenas vitórias, curtir momentos bobos. A vida é curta e amar é um presente. Receba!
“De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.”
Boa tarde, pelo que vejo no quarto parágrafo você fala de se mesma? então a gente é o oposto um do outro. fico exatamente nesse”Tem gente que prefere o amor calmo, sem muito alarde. Aquele amor que é um aconchego, tranquilo sussurrar”.
Bom fim de tarde;
Gilmar
Eu até mando flores mas não grito e nem me rasgo!!!!!!!!!!