Linda sexta! Gravidez tem que ter cara de saúde e para isso é importante se cuidar antes, durante e depois. Relacionei algumas dicas para você já ir se preparando ou, se já está barriguda, saber o que fazer para não errar. Confira!

Antes de engravidar:

Está pensando em engravidar? Fique de olho na sua carteira de vacinação. Como são poucas as vacinas que você pode tomar durante os nove meses, é fundamental se proteger um pouco antes. Uma delas é a contra a rubéola, que deve ser tomada três meses antes de engravidar (fique atenta para que a última dose respeite esse prazo!). Essa doença, causada por vírus, é transmitida por saliva de tosse e de espirro. Se a gestante for contaminada no primeiro trimestre, há risco de malformação fetal. No segundo e no terceiro trimestres, é o sistema nervoso central que pode ser prejudicado. As sequelas do bebê podem se manifestar, em alguns casos, somente após o nascimento, com alterações psicomotoras.

A vacina contra a hepatite B também entra na lista. A doença pode ser transmitida ao bebê no nascimento. A criança, então, desenvolverá hepatite crônica ao longo da vida. São três doses, no esquema 0-1-6 meses. Por isso, é necessário um semestre de antecedência. Programe-se! 

Durante a gravidez:

Uma das vacinas recomendadas é a da gripe, já que a gestante faz parte do grupo de risco do vírus influenza. “Os sistemas imunológico e fisiológico da grávida estão em transformação. Por isso, é comum que o vírus comprometa a parte respiratória”, diz o ginecologista Edílson Egeda, do Hospital Samaritano (SP). A dose única deve ser tomada no período de maior incidência da doença, normalmente no inverno, mesmo se coincidir com o primeiro trimestre de gestação. Já estão disponíveis vacinas conjugadas que protegem contra a gripe comum e a H1N1. Além do benefício da imunização para a grávida, ela protege o bebê após o nascimento, já que o risco de ficar gripada é menor e, assim, de passar para o filho também. E não fique com receio de tomar a vacina na gestação. Ela é composta por vírus morto. 

Outro cuidado é quanto à prevenção do tétano. Apesar do risco de o recém-nascido ter a doença – provocada pela toxina de uma bactéria chamada Clostridium tetani – ser maior antigamente, por conta da esterilização precária dos objetos cirúrgicos, a vacina ainda é uma recomendação para a gestante hoje em dia. 

A periodicidade depende de quando a mulher foi imunizada anteriormente. O esquema normal funciona assim: na infância, deve-se tomar três doses de DTP (tétano, difteria e coqueluche), aos 2, 4 e 6 meses de vida. Depois, as crianças tomam um reforço aos 15 meses e outro entre 4 e 6 anos. Dali para frente, a vacina é tomada de dez em dez anos. 

Assim, você vai precisar informar ao seu médico quando tomou a última dose. Se foi entre 5 e 10 anos atrás, o indicado é tomar uma dose da vacina no sétimo mês da gestação. Caso já tenha passado mais de 10 anos, são necessárias três doses, a partir do segundo trimestre, com dois meses de intervalo entre elas. A última, com, no mínimo, 20 dias de antecedência do parto. Essa vacina também não oferece riscos nem para a mãe nem para o bebê. 

Já a vacina contra a febre amarela só deve ser tomada com orientação médica. Isso porque os efeitos colaterais nas grávidas e no bebê são desconhecidos. Assim, se você for viajar para locais onde a doença é comum, é o seu médico quem deve avaliar o risco-benefício dessa imunização. 

A proteção contra hepatite B, que deve acontecer antes da gravidez, só deve ser aplicada na gestação em casos específicos. Como a doença é sexualmente transmissível e pode ser propagada pelo contato com sangue e seringas contaminadas, há um grupo de mulheres que deve receber atenção especial. “Se houver contato constante com seringas e ferimentos, por exemplo, mesmo grávida ela deve tomar a vacina. É o caso de profissionais de saúde”, afirma Egeda. Quando a paciente não faz parte do grupo de risco, os médicos não recomendam essa vacina, já que é composta por vírus vivos atenuados. O problema desse tipo de composição do imunizante é que, como a grávida está com a imunidade mais baixa, ela corre o risco de desenvolver a doença. Segundo Rosa Maria Neme, ginecologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), não há casos registrados desse tipo de ocorrência, mas os médicos preferem não arriscar.

EXAMES

Saiba qual fazer e quando em:

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI3201-10548-1,00-GRAVIDEZ+A+LISTA+COMPLETA+DE+EXAMES.html