As escritoras Lilia Schwarcz e Heloisa Starling são as convidadas de Afonso Borges em mais uma edição virtual do “Sempre um Papo” com transmissão ao vivo no Youtube, Instragam e Facebook do Projeto.
O encontro vai acontecer no dia 22 de outubro, quinta-feira, às 18h e a conversa vai ser sobre o mais recente livro das autoras “A Bailarina Da Morte – A Gripe Espanhola no Brasil” (Cia das Letras). A obra traz um contundente retrato do Brasil durante a pandemia de gripe espanhola, investiga a doença mortal que há um século assombrou a humanidade e revela trágicas semelhanças com a Covid-19.
#SempreUmPapoEmCasa, esta sequência de atividades é patrocinada pela Cemig, Itaú e Mater Dei com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo.
Bailarina Da Morte – A Gripe Espanhola no Brasil”
No início do século XX, uma doença chegou ao Brasil a bordo de navios vindos da Europa. A gripe espanhola, como ficou conhecida a explosão pandêmica de uma mutação particularmente letal do vírus H1N1, matou dezenas de milhares de pessoas no país e cerca de 50 milhões no mundo inteiro.
Altamente contagiosa, a moléstia atingiu todas as regiões brasileiras. A “influenza hespanhola” paralisou a economia e desnudou a precariedade dos serviços de saúde. Disputas políticas e atitudes negacionistas de médicos e governantes potencializaram o massacre, que vitimou sobretudo os pobres. Iludida por estatísticas maquiadas e falsas curas milagrosas, a população ficou à mercê do vírus até o súbito declínio da epidemia, no começo de 1919.
A partir de um vasto acervo de fontes e imagens da época, Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling recriam o cotidiano da vida e da morte durante o reinado de terror da “gripe bailarina”, uma das maiores pandemias da história.
“Um atestado visceral de que não se lembrar da própria história é condenar-se a repeti-la. Nesta história com toques de ciência e por vezes ciência em contexto histórico, temos uma oportunidade para reconhecer que já estivemos aqui antes, numa pandemia que de fato concluiu um século. Quem sabe desta vez aprendemos a lição?” — Suzana Herculano-Houzel.
“Entre negação da ciência, curas milagrosas e uma doença que escancarou as desigualdades sociais da época, os historiadores do futuro, ao analisar a brilhante obra de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling sobre a pandemia de 1918 — escrita durante a pandemia de 2020 —, indagarão, perplexos: Mas como pode ser possível que, em cem anos, não aprenderam nada?” — Natalia Pasternak.
“Em um mundo já fragilizado pela Primeira Grande Guerra, a gripe espanhola colocou em evidência a vulnerabilidade humana diante de um novo vírus. Este livro narra com maestria as rotas e a velocidade de disseminação da doença, ao mesmo tempo em que acentua as dificuldades e os equívocos para seu enfrentamento no Brasil oligárquico da Primeira República. Convida-nos a refletir sobre o valor da imaginação histórica para a abordagem da crise contemporânea.” — Nísia Trindade Lima.
Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no Departamento de Antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton. É autora de, entre outros livros, O espetáculo das raças (1993), As barbas do imperador (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), Brasil: Uma biografia (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e Lima Barreto: Triste visionário (2017, prêmio Jabuti de Biografia).
Heloisa Murgel Starling nasceu em 1956. Historiadora e cientista política, é professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É autora de, entre outros, Os senhores das gerais (1986), Lembranças do Brasil (1999), Brasil: Uma biografia (2015), com Lilia Moritz Schwarcz, e República e democracia: Impasses do Brasil contemporâneo (2017).
#SempreUmPapoEmCasa Lilia Schwarcz E Heloisa
Dia 22 de outubro, quinta-feira, às 18h, no Youtube, Instagram e Facebook do Sempre um Papo
Link Youtube: https://bit.ly/2X8C3eU
Informações: http://www.sempreumpapo.com.br