No século XIX, mães e filhos trabalhavam juntos em fábricas para garantir a renda da família
Neste domingo, 10/5, comemora-se o Dia das Mães no Brasil. As celebrações às figuras maternas acorrem desde a Grécia Antiga, onde a Mãe dos deuses, Rhea, era homenageada na entrada da primavera.
Depois do cristianizado, o Império Romano passou a celebrar o dia no 4º domingo da Quaresma, em homenagem a Virgem Maria e da igreja-Mãe. Mas foi só no século XVII que a data se fortificou, quando a população da Inglaterra começou a ir para suas igrejas-mãe no dia que passou a ser conhecido como “Domingo das Mães”. A data se tornou importante, principalmente, para os criados que eram dispensados para visitarem as igrejas com suas mães e familiares. Os feriados não existiam e a esta era a única oportunidade de folga para estar com a família.
A celebração às mães, como conhecemos, chegou aos Estados Unidos em 1907 pela metodista Anna Jarvis, como uma forma de homenagear sua mãe, a ativista Ann Maria Reeves Jarvis que fundou projetos contra a mortalidade infantil e os feridos de guerra. A data foi aprovada pelo Congresso do país e foi celebrada pela primeira vez em 9 de maio de 1914.
No Brasil o “Dia das Mães” chegou quatro anos após a oficialização nos EUA, promovida pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre e foi oficializada em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas para ser comemorada no segundo domingo de maio. Em 1947, o Dia das Mães foi incluído no calendário oficial da Igreja Católica no Brasil.
Fotografia de grupo de operários da Fábrica de Fiação e Tecidos de Algodão José Weissohn & Cia.; 1897 a 1903; David Photo Levallois – Paris; Salto/ São Paulo; Brasil. Acervo Centro de Memória Bunge
No século XIX muitas mães e filhos trabalhavam juntos nas fábricas garantindo, assim, o sustento da família. Essas mulheres que se inseriam no universo fabril não abandonavam a condição de mãe e chefe de família.
Imagens de fábricas no século XIX e XX, onde mães e filhos trabalham juntos, bem como propagandas de mulheres com seus filhos e família, podem ser encontradas no acervo do Centro de Memória Bunge, que reconta os mais de 100 anos de história da Bunge no Brasil e a industrialização do país. Todo acervo está disponível para consulta e visitação, após o fim do isolamento, mediante agendamento.
Sobre o Centro de Memória Bunge
O Centro de Memória Bunge foi criado em 1994 e desde então é um dos projetos da Fundação Bunge. Referência na área de preservação da memória empresarial, o local tem como objetivo a guarda e preservação de documentação histórica, a disseminação do conhecimento e a utilização de seu acervo como um instrumento estratégico de gestão. Realiza diversas atividades gratuitas como Atendimento a Pesquisas, Exposições Temáticas, Visitas Técnicas e Benchmarking. Além disso, promove as Jornadas Culturais, série de palestras e oficinas gratuitas com objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação de acervos históricos e patrimoniais.
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