Gisele Fróes chega ao Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte com o monólogo “O Imortal”, baseado no conto homônimo do escritor argentino Jorge Luis Borges. Temporada será de 26 de abril a 27 de maio. Vamos?
Após temporadas de sucesso no CCBB do Rio de Janeiro e de Brasilia, chega à capital mineira o espetáculo “O Imortal”, com texto baseado no conto homônimo do escritor argentino Jorge Luis Borges, estrelado pela atriz ganhadora do prêmio Shell de Teatro, Gisele Fróes, com direção dos Irmãos Guimarães e dramaturgia de Adriano Guimarães e Patrick Pessoa. A montagem investiga os múltiplos sentidos da (i)mortalidade, colocando em cena uma mulher que recebe de um antiquário os seis volumes da tradução inglesa da Ilíada, de Homero. Dentro do sexto volume, descobre um manuscrito escondido. É o relato autobiográfico de um soldado do Império Romano que partiu em busca da imortalidade. A temporada na capital mineira, que tem o patrocínio do Banco do Brasil, acontecerá no CCBB BH, do dia 26 de abril a 27 de maio, sexta a segunda, sempre às 19h, com ingressos a 30 reais a inteira.
Sobre a peça
Uma mulher recebe de um antiquário os seis volumes da tradução inglesa da Ilíada, de Homero. Dentro do sexto volume, ela descobre um manuscrito escondido. É o relato autobiográfico de Marco Flamínio Rufo, tribuno militar do Império Romano, que, no século III d.C., partiu em busca da Cidade dos Imortais e do rio que purificaria da morte todo aquele que bebesse de suas águas. No decorrer da narrativa, acompanhamos os acontecimentos da desafiadora trajetória do tribuno: desde o seu encontro com um estrangeiro que lhe revela a existência do rio e da cidade, até as inúmeras tentativas de encontrá-los nas paisagens desérticas mais terríveis.
Borges publicou o “O Imortal” em 1949 dentro da coletânea de contos “O Aleph”. O espetáculo que estreou em Brasília em março investiga os múltiplos sentidos da (i)mortalidade na obra do escritor argentino. No processo de pesquisa para a montagem teatral, que começou em meados de 2015, Adriano Guimarães, Gisele Fróes e Patrick Pessoa, se debruçaram sobre o que se poderia chamar de uma “filosofia da imortalidade” de Borges. Além de estudarem outros contos do autor, se aproximaram de muitos de seus ensaios, em especial o intitulado A imortalidade, escrito quase trinta anos depois de “O Imortal”.
Com direção dos Irmãos Guimarães e dramaturgia de Adriano Guimarães e Patrick Pessoa, “O Imortal” é o primeiro monólogo realizado por Gisele Fróes, que se apaixonou pelo conto e sentiu-se motivada a levar a história aos palcos. Como os antigos rapsodos gregos, que diziam de cor os poemas de Homero, fazendo todos os personagens e chamando a atenção dos ouvintes para suas muitas camadas de significação, a atriz, através do personagem da mulher que recebe o manuscrito, compartilha com o público o relato fantástico.
Sobre Jorge Luis Borges
Jorge Luis Borges (1899-1986), grande nome da literatura argentina do século XX, foi poeta, ensaísta e contista. Por volta dos 50 anos de idade, sua doença hereditária nos olhos se agravou. Terminou os seus dias cego, como Homero. Leitor voraz e eclético, tornou-se mundialmente conhecido por contos que mesclavam a ficção e o ensaio, a criação de universos os mais delirantes e uma filosofia que fazia esses universos parecerem estranhamente familiares. Foi um prodigioso inventor de metáforas que se tornaram clássicas e foram retomadas por diversos artistas: o labirinto, a biblioteca, a enciclopédia chinesa, o espelho.
Gisele Fróes
Conhecida há mais de duas décadas por suas atuações no teatro, na televisão e no cinema. Ganhadora do Prêmio Shell de melhor atriz de 2004 pelo espetáculo Deve haver algum sentido em mim que basta, Gisele já realizou inúmeros espetáculos com diretores como Aderbal Freire-Filho, Jefferson Miranda, Moacir Chaves, Moacyr Góes e Domingos Oliveira, destacando-se: Oréstia (2014), Você Precisa Saber de Mim (2011/2012), Rock’N’Roll (2009), O Mundo dos Esquecidos (2007), Divã (2005), E Agora Nada É mais uma Coisa Só (2005), A Prova (2002), Carícias (2001), Cabaré 3: Para Quem Gosta de Mim (1999), A Alma Boa de Set-Suan (1998), O Congresso dos Intelectuais (1997), Don Juan (1997), No Verão de 1996… (1996), Senhora dos Afogados (1994), Turandot ou O Congresso dos Intelectuais (1993), Tiradentes, Inconfidência no Rio (1992), O Tiro Que Mudou a História (1991) e Lampião (1991).
No cinema, atuou em filmes como Trash: A Esperança Vem do Lixo (2014), Boa Sorte (2014); Riscado (2010) e VIPs (2010), ganhando o Prêmio de Atriz Coadjuvante no Festival Internacional de Cinema do Rio de 2010. Atuou em diversas novelas da Rede Globo, destacando-se A Força do Querer (2017), Sete Vidas (2015), Geração Brasil (2014), A Vida da Gente (2011), Escrito nas Estrelas (2010), A Favorita (2008), Sinhá Moça (2006) e Belíssima (2005), além de ter atuado em séries/minisséries e especiais da emissora como Amor em 4 Atos (2011), Força Tarefa (2009), A Grande Família (2007), Carga Pesada (2007) e A Diarista (2004). Fez participação especial em Mandrake (2005), série produzida pela HBO Brasil e finalista, por duas vezes, ao International Emmy Awards.
Irmãos Guimarães
O Coletivo Irmãos Guimarães foi criado em 1989, pelos irmãos Adriano e Fernando. Ao longo de sua trajetória, construíram obras que transitam entre teatro, performance e artes visuais. São conhecidos internacionalmente pela pesquisa artística desenvolvida, desde 1998, sobre a obra do escritor irlandês Samuel Beckett. Realizaram diversos projetos transdisciplinares contando com a colaboração de Stanley Gontarski, Marília Panitz, Fábio de Souza Andrade, Luiz Fernando Ramos, Vera Holtz, Gerardo Mosquera, Luís Melo, Bárbara Heliodora, Denise Stutz, Gerd Bornheim, Helena Katz, José Miguel Wisnik, Ana Miguel – para citar alguns. Realizaram diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, tendo sua trajetória marcada por mostras como a Bienal de São Paulo e o Panorama da Arte Brasileira. Foram indicados diversas vezes ao Prêmio Shell, uma das mais importantes premiações do teatro brasileiro, sendo agraciados na categoria de Melhor Direção, junto a Hugo Rodas, com a montagem de Dorotéia. Adriano tem se dedicado, mais recentemente, as montagens profissionais da dupla, enquanto Fernando tem atuado ativamente na formação de atores, na Faculdade Dulcina de Moraes, Brasília/DF.
Os Irmãos Guimarães tem em sua trajetória mais de 50 peças teatrais, entre as mais recentes: Hamlet – Processo de Revelação (Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro/RJ; Teatro SESC Esquina, Curitiba/PR; Teatro Renascença, Porto Alegre/RS; Teatro da Caixa, Brasília/DF; Teatro SESC Pelourinho, Salvador/BA, 2015- 2017); Ruído (Projeto Microteatro, Castelinho do Flamengo, Rio de Janeiro/RJ, 2016); Nada – Uma Peça para Manoel de Barros (Teatro Oi Futuro Flamengo, Rio de Janeiro/RJ, 2012; Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília/DF, 2013; SESC Belenzinho, São Paulo/SP, 2013).
Patrick Pessoa
Dramaturgo e crítico teatral. Já colaborou com os diretores Marcio Abreu (Nômades, 2014), Aderbal Freire-Filho (Na selva das cidades, 2011), Malu Galli e Bel Garcia (Oréstia, 2012), Daniela Amorim (Labirinto, 2015), Jörgen Tjon A Fong (Invisível, 2016), Marco André Nunes (Mar de ressaca, 2016). Como crítico, colabora regularmente com a Revista Questão de Crítica. Publicou cinco livros – A segunda vida de Brás Cubas: A filosofia da arte de Machado de Assis (Rocco, 2008), finalista do Prêmio Jabuti de Teoria e Crítica Literária; A História da Filosofia em 40 filmes (Nau, 2013), Oréstia: adaptação dramática (Giostri, 2013), Nômades (Cobogó, 2015) e Labirinto (Giostri, 2017) – e diversos ensaios de crítica literária, cinematográfica e teatral em revistas especializadas. É professor de filosofia da Universidade Federal Fluminense e editor da Revista Viso: Cadernos de Estética Aplicada.
Bianca De Felippes / Gávea Filmes
Produtora com uma extensa carreira no teatro e no cinema, onde nos últimos 30 anos foi responsável por mais de uma centena de projetos entre peças, exposições, Óperas, programas de TV, filmes, shows e festivais. Entre as peças destacam-se Monólogo Público (2017), Renato Russo, o Musical ( há mais de 10 anos em cartaz), Bita e a Imaginação que sumiu ( 2017), A Beira do Abismo me Cresceram Asas (2014/15), Pahoma (2015), Van Gogh( 2015), O Desaparecimento do Elefante (2012/2013), Outros Tempos (2013), Oréstia (2012/2013), A Mecânica das Borboletas (2012/2013), Aquela Outra (2011/2012), Adeus a Carne (2012), Homemúsica (2008), Dinheiro Grátis (2006), Regurgitofagia (2004), Rock`n`Roll (2009), Um dia no Verão (2007), entre muitas outras. No cinema produziu Carlota Joaquina – Princesa do Brasil, até hoje reconhecido como a retomada do cinema brasileiro e Faroeste Caboclo (2013), maior ganhador de prêmios da Academia Brasileira de Cinema e com mais de 1,5 milhões de espectadores nas salas de Cinema.
SINOPSE – O Imortal
Uma mulher recebe de um antiquário os seis volumes da tradução inglesa da Ilíada, de Homero. Dentro do sexto volume, descobre um manuscrito escondido. É o relato autobiográfico de um soldado do Império Romano que partiu em busca da imortalidade. Baseado no conto homônimo de Jorge Luis Borges, o espetáculo investiga os múltiplos sentidos da (i)mortalidade. Com Gisele Fróes e direção dos Irmãos Guimarães.
SERVIÇO:
O IMORTAL, COM GISELE FRÓES
Classificação indicativa: 12 anos / Duração: 80 minutos
Datas e horários: de 26 de abril a 27 de maio, de sexta a segunda, às 19h
Local: Teatro II – CCBB BH – Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – Belo Horizonte (MG) – Capacidade: 264 lugares
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada)
Clientes Banco do Brasil pagam meia-entrada
Venda de ingressos: bilheteria do teatro / ou www.eventim.com.br
Mais informações: (31) 3431-9400 I (31) 3431-9503
Ouvidoria BB 0800 729 5678
Deficiente auditivo ou de fala 0800 729 0088
Obs: O CCBB BH não tem estacionamento.
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