Dr. Bernardo Garicochea, oncologista do Grupo Oncoclinicas explica sobre o novo tratamento
São Paulo, 1 de outubro de 2018 – A Imunoterapia foi mais uma vez foi reconhecida como maior avanço no tratamento do câncer nos últimos anos. Nesta segunda-feira (1/10), o Prêmio Nobel de Medicina foi entregue James P. Allison e Tasuku Honjo, os dois cientistas responsáveis pela descoberta da terapia que permite que o sistema imunológico reconheça e combata as células doentes.
“Por meio de diferentes substâncias que são aplicadas de forma intravenosa ou subcutânea, a o método estimula nosso sistema imunológico, fazendo com que o nosso organismo seja capaz de identificar e combater as células tumorais” explica Bernardo Garicochea, oncologista e especialista em genética do Grupo Oncoclínicas,
O tratamento tem trazido ótimos resultados, principalmente para cânceres de pulmão, bexiga e melanoma, estômago, além de rim. Ainda segundo o especialista, estudos atestam a eficácia no tratamento de Linfoma de Hodgkin e tumores de mama triplo negativo.
“Mesmo havendo um longo caminho e muitas variáveis a serem avaliadas no que diz respeito às indicações da imunoterapia, ela pode ser tratada como uma abordagem promissora que pode beneficiar diversos pacientes”, ressalta o oncologista.
Apesar dos avanços, ele lembra que é cedo para afirmar que a imunoterapia seria a chave para a cura do câncer. De toda forma, os passos já trilhados são observados com otimismo e lançam boas perspectivas para tratamentos de cânceres metastáticos e que não respondem às medicações convencionalmente indicadas, tais como quimioterápicos e drogas alvo-moleculares.
A Imunoterapia já tem aprovação da Anvisa para uso em casos de melanoma, câncer de rim e câncer de pulmão e vem sendo oferecido por hospitais privados e instituições públicas que participam de pesquisa clínica em Oncologia.