A Periscópio Arte Contemporânea abre a exposição “A cidade onde envelheço” de Rafael RG, dia 21 de abril, em Belo Horizonte. A mostra é o primeiro projeto individual com trabalhos inéditos, criados especificamente para essa exposição. O artista conta que todas as peças são inspiradas nos dois anos que viveu em Belo Horizonte e que, de alguma forma, o tocaram.
Ele se concentrou em transformar afetos pessoais privados em arte, mesclando as experiências com aspectos da arquitetura e produção artística local, usando linguagens como a gravura, fotografia, textos e objetos. “Meu processo de criação costuma ser muito livre e, às vezes, gosto de dar nome a coisas que ainda nem existem”. RG se inspirou no título do filme “A cidade onde envelheço” para criar a mostra. “Quando vi o cartaz do longa em um cinema de BH, logo, tive a certeza que gostaria de realizar uma exposição com esse nome”, conta.
A obra “Eu e você fora de Contorno” apresenta um espelho no formato da avenida do Contorno. Numa extremidade está escrito “eu” e na outra, “você”, fazendo alusão às ocasiões em que se tem que cruzar a cidade para encontrar as pessoas que amam. A fotografia “uma mão saindo de uma manga” é uma homenagem ao pintor mineiro e autodidata Lorenzatto.
A abertura da exposição foi no dia 21 de abril, na Periscópio de Arte Contemporânea, das 11h às 17h, apresentando grandes surpresas, como o trabalho intitulado “Poslúdio” que foi ativado. A obra é composta por uma partitura, desenvolvida em parceria com o compositor Gabriel Francisco Lemos, sendo tocada pelo músico Alexandre Barros da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, enquanto Rafael lerá um texto sobre uma de suas divagações noturnas pelas ruas da capital mineira. A mostra fica em cartaz até 26 de maio.
SOBRE O ARTISTA
Rafael RG é formado em Artes Visuais pela Belas Artes de São Paulo, vive e trabalha entre Belo Horizonte e Salvador. Participou de mostras e festivais em diversas cidades brasileiras e em outros países, como Argentina, México, Colômbia, Alemanha, Polônia, Espanha e Holanda. Conquistou algumas premiações como o 1º Prêmio Foco ArtRio, o Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio/ IPHAN, Bolsa Iberê Camargo para residência no Künstlerhaus Bremen (Alemanha), Bolsa Pampulha para residência no Museu de Arte da Pampulha (MG) e, recentemente, foi agraciado com a Residência Artística Gasworks, em Londres.
Em sua prática artística, costuma apresentar duas fontes para construção de seus trabalhos, sendo uma documental e outra afetiva, em geral, por meio do uso de documentos garimpados em arquivos institucionais ou pessoais, associados a narrativas envolvendo ele ou um alter ego. A interação entre essas territorialidades resulta em obras que, quase sempre, se aproximam de uma ficção, ou de uma noção tensa de ficcionalidade.
As relações afetivas e sexuais e suas implicações políticas, as formas de representação do amor na literatura e nas artes e questões de identidade racial têm sido as áreas de interesse atuais. Geralmente, as pesquisas se desdobram em workshops, instalações, textos performativos, publicações e objetos.
SERVIÇO
EXPOSIÇÃO “A CIDADE ONDE ENVELHEÇO”
ABERTURA: 21 de abril, das 11h às 17h
PERÍODO DE EXPOSIÇÃO: 23 de abril a 26 de maio
LOCAL: PERISCÓPIO ARTE CONTEMPORÂNEA – Av. Álvares Cabral, 534 – Lourdes – (31)3567-0881