Em clima de Carnaval, hoje vamos entrevistar Matheus Brant, do bloco Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro. Ele ficou conhecido na cidade por abrir o calendário carnavalesco, uma vez que seu cortejo oficial se dá no domingo que antecede o carnaval. Descubra!
Primeiro me conta: como a faculdade de direito entrou no ritmo do carnaval?
Eu estou ligado à prática de bateria de blocos carnavalescos desde o tempo de estudos na Faculdade de Direito da UFMG – onde fui um dos organizadores da charanga da Associação Atlética dos estudantes – e convidei os músicos Leonardo Brasilino e Rafael Matos, do Chapéu Panamá, extinto grupo de samba do qual fizeram parte. O primeiro é responsável pelos metais do bloco, enquanto Rafael fica por conta da percussão. Atualmente, acompanham o bloco dez pessoas à frente dos instrumentos de metais, como trompete e saxofone, e outros 40 músicos profissionais e amadores que assumem a percussão.
Como começou o Me Beija Que Sou Pagodeiro?
Foi uma consequência natural. Criamos o bloco em 2014 na efervescência do Carnaval de rua de Belo Horizonte e colocamos um repertório de clássicos do pagode dos anos 90, incluindo sucessos de grupos populares como Raça Negra, Katinguelê, Só Pra Contrariar – SPC e Art Popular.
Esse ano vocês trouxeram várias novidades. Como foi a resposta do público?
Uma das novidades do bloco Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro para este ano foi a chegada de novos percussionistas, que participaram das oficinas oferecidas pelo bloco ao longo do ano e fizeram suas estreias nesta temporada. Atualmente, acompanham o bloco dez pessoas à frente dos instrumentos de metais como trompete e saxofone, além de outros 40 músicos (entre profissionais e amadores), que assumem a percussão durante as apresentações. Além disso, em 2018 o bloco deixa se assumir uma verve mais instrumental com a chegada de mais duas vocalistas, Jhê Delacroix e Andrezza Duarte, que engrossam o coro juntamente com Leonardo Brasilino, um dos fundadores do Me Beija que eu Sou Pagodeiro. Elas foram apresentadas oficialmente ao público durante os ensaios e foi um sucesso. Outra notícia que merece destaque é que a partir deste quinto ano de atuação, o bloco passou a sair em um trio elétrico durante o cortejo. O Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro também está lançando um EP inédito, que inclui quatro faixas: três autorais e uma releitura da música “Lua Vai”, sucesso do grupo Katinguelê.
Do que é composto o repertório?
O repertório do bloco é composto por canções de pagode que marcaram a geração dos anos 90. O Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro convida os foliões a pagodear ao som de clássicos de bandas que marcaram o ritmo como Raça Negra, Só para Contrariar – SPC, Art Popular, Katinguelê entre outros, arranjados para bateria de escola de samba e executado em ritmo de marchinhas de carnaval e samba reggae.
Os ensaios abertos acontecem para que vocês tomem fôlego para o próximo ano. Deu certo?
Muito! Durante os ensaios, os integrantes do bloco buscam instigar o clima carnavalesco no público, apresentando as músicas que integram o repertório que irão embalar o cortejo final, assegurando que a folia ocorra em um trabalho de canto conjunto de músicos e foliões. Além disso, os ensaios são importantes não apenas para a manutenção financeira do bloco, mas também para nos aproximarmos do público. Eles são fundamentais para que as pessoas entendam um pouco mais sobre o nosso conceito e a cada ensaio o Me Beija que eu Sou Pagodeiro reúne entre 300 e 700 pessoas.
É ou não um empreendimento de sucesso?
Ouça a entrevista aqui: http://inconfidencia.mg.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=14469
O carnaval e o samba está na mão dos burgueses que possuem o acesso aos meios de comunicação.
assim como o tal dos “baianas ozadas” e outros mais, não passam de pura mídia.
Semana passada estive, na feira do minerinho, onde pude perceber o quanto costumamos a gostar das coisas por simples indução e apelo de midia.
Vi uma banda ou um grupo de samba (não sei a denominação correta), que tocou antes do tal dos baianas (acho que é giga lá ou diga lá). bom, com relação ao nome eu não sei, mas foi nítido que 5 músicos simplesmente fizeram um show memorável naquele lugar, sem apelo de mídia, dinheiro de cervejaria ou apoio de empresários. enquanto uma banda com estrutura e subsídios da AMBEV e empresários (baianas ozadas), subiram no palco se sentindo a Ivete Sangalo e literalmente passaram vergonha.
Essa tal bandinha que vi com certeza recebeu um cachê muito menor mas eu me assustei com o trabalho deles. Cinco músicos e um cantor, que com o perdão da expressão, “PQP”. o cara está desperdiçado em BH o cara canta a ponto de vc passar horas ouvindo sem enjoar.
Acho que sinceramente os jornais e mídias não estão observando a quantidade de verdadeiros talentos que existem na nossa terra. Cara respeito todos os trabalhos, mas não concordo com essa transformação da musica “A qualquer coisa”. respeito opinioes contrárias assim como acredito que a minha opinião SERÁ RESPEITADA. apenas torço para que todos revejam seus conceitos.
Bom dia Sérgio, tudo bem?
Desculpa a demora em lhe responder, mas esses dias foram corridos.
Com relação a entrevista com o Matheus, ela foi feita pela questão empreendedora do grupo, que tem se reinventado para continuar fazendo sucesso.
Concordo que tem muita gente boa que não tem espaço e fico a disposição para divulgar esse grupo que você mencionou. Ontem também estive na Savassi e pude conferir de perto uma outra iniciativa sensacional, o @blocoshow, conhece? Vale a pena também!
Ah! E pode ter certeza que aqui a sua opinião será sempre respeitada e os comentários publicados. Acredito na diversidade, igualdade e na alegria. Obrigada por estar aqui.
Abraços.
Carol Meyer