Outro dia escutei uma frase que me fez parar para pensar: O primeiro homem da vida de uma mulher é aquele que vai ser sempre a sua referência para os próximos relacionamentos. E imaginei, imediatamente, meu primeiro namorado. E como ele seria um ponto de partida para todos meus outros homens.
Mas meu primeiro amor foi a coisa mais adolescente do mundo. Eu tinha 15 anos e me apaixonei pelo bad boy da escola. Repetente, já expulso de outros locais, ele se transvestia de James Dean e nunca deixava a a jaqueta de couro surrada de lado. E eu me derretia.
Namoramos 2 anos e ele se transformou em um rapaz responsável e estudioso, depois de muita luta minha e da mãe dele. Ele era romântico, lindo e fiel. Foi meu primeiro homem em vários sentidos e me fez feliz infinitas vezes. Mas me tornei mulher muito rápido para um rapaz de 17 anos. E fui buscar outros caminhos.
Quase nada do que vivi com ele se repetiu ou me fez falta depois disso. E cheguei a conclusão que o primeiro homem na vida de uma mulher não é aquele que descobre o seu corpo. É o que te dá a vida. Meu primeiro homem é meu pai.
São as atitudes dele que espero encontrar em outros homens. É o seu carinho e atenção com a minha mãe – há mais de 40 anos – que busco em alguém que vai compartilhar comigo a vida. É o fato dele se lembrar do aniversário de casamento, de namoro, do dia da mulher que me dão a certeza que existe esperança.
E se tudo der certo, espero que o homem da minha vida cuide dos nossos netos com a mesma alegria que meu pai se desdobra para ser o melhor avô para os meus filhos. Que não se abale pela dureza da vida, mas que tenha sempre um sorriso e uma brincadeira para deixar tudo mais leve.
Que o homem da minha vida me ame sem distinção, sem julgamentos e da maneira imensa que meu pai sempre me amou. Que seja doce e forte, imperfeito e adorado, sério e bem humorado. Que me faça sentir segura e amada, e, mais do que nunca, mulher.