Talvez seja o fato do dia dos namorados estar chegando que uma dose de romantismo cavalar tem abalado os meus dias. Que, talvez mais do que nunca, eu esteja realmente querendo alguém com quem possa compartilhar sonhos, momentos gostosos e arrepios na nuca. Que eu queira sossegar a alma, deixar o coração solto e me arriscar de novo.
E isso dá medo. É muito mais fácil fingir que não me importo, dar uma de durona ou simplesmente continuar acreditando em Manoel Bandeira, quando diz que “os corpos se entendem, mas as almas não.” E ser de quem me quer ou de quem eu escolho, sem futuros planos ou promessas vãs.
É muito mais fácil seguir solta pela vida, sem dar satisfações ou fazer joguinho, sem hora nem motivo pra voltar. Ser só. E só.
Mas tem hora que o corpo quer mais. Não mais sexo, mas talvez outro abraço. O corpo quer sentir o mesmo cheiro, ter a compreensão dos braços, a percepção dos olhares, a certeza do carinho no depois. Sentir segurança no beijo que simplesmente representa carinho e poder contar com o respeito de quem está disposto a dividir a vida.
Posso ser uma alma livre, mas sinto falta de amarras soltas. Aquelas que me permitem voar, mas sabem a hora certa de me fazer voltar. Uma pessoa que entenda os meus impulsos, mas que tome conta dos meus passos e esteja presente quando a fome do seu beijo apertar. Que não me prenda por obrigação, mas que me queira em momentos de inspiração. Sou condenada a ser livre, mas talvez alguém possa ser a minha melhor prisão.
E viva o dia 12!