Nesta segunda-feira (24.10), às 20 horas, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai homenagear mulheres que se dedicam voluntariamente ou em seu ambiente profissional a divulgar informações sobre prevenção, controle e tratamento do câncer de mama. A iniciativa é do deputado Antônio Jorge (PPS), membro da Comissão de Saúde da ALMG. A solenidade será realizada no Plenário da Casa e é parte da programação do Outubro Rosa.
“Há muitas ações que a sociedade faz melhor que os governos. A mobilização pela redução dos óbitos por câncer de mama é uma delas”, argumentou o deputado, ao comentar a homenagem que será feita a 60 mulheres. Aos governos, destacou Antônio Jorge, cabe fomentar e financiar as políticas públicas. Mas só com a participação da sociedade é possível construir a ponte entre os desassistidos e o Governo”, alertou. “A Assembleia tem papel fiscalizador e a atribuição de fazer a interlocução com a sociedade, o que ocorre em audiências públicas, reuniões, debates, seminários e em reuniões especiais como a que vai ocorre nesta segunda-feira, momento, segundo ele, destinado a jogar luz sobre o cidadão que se envolve em causas tão nobres como a prevenção ao câncer de mama”.
Uma das madrinhas homenageadas é a jornalista Daniela Zupo. Ela transformou o diagnóstico e o tratamento de um tumor em um relato sobre como lidar com a doença. Durante a sua jornada, iniciada no fim de 2015, Daniela criou a webserie “Amanhã Hoje É Ontem – Diário de Um Câncer”, cujos episódios são postados semanalmente na internet.
Câncer em Minas
O câncer de mama é uma das maiores causas de morte dentre mulheres em Minas, no Brasil e no mundo. A maior parte dessas mortes poderia ser evitada com a adoção de hábitos simples e com informação correta.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde confirmam que em Minas Gerais, o câncer de mama é o de maior incidência em mulheres. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), apontam quem são esperados 5.160 novos casos da doença em Minas Gerais, uma taxa bruta de incidência de 48,19 para cada grupo de 100 mil mulheres mineiras.
A taxa de mortalidade feminina por câncer de mama em Minas, estimada pelo INCA em 2013, é de 11,37 óbitos para cada grupo de 100 mil mulheres.
Enquanto isso, o câncer de colo do útero é o terceiro de maior incidência entre as mulheres mineiras e as estimativas apontaram 1.030 novos casos esperados no estado em 2016, com uma taxa bruta de 9,63 casos para cada grupo de 100 mil mulheres.
A taxa de mortalidade por câncer de colo de útero em Minas, estimada pelo INCA em 2015, é de 3,53 óbitos para cada grupo de 100 mil mulheres.
Prevenção
Hábitos saudáveis são grandes aliados na prevenção ao câncer de mama. Para isso, é preciso adotar uma dieta balanceada, praticar exercícios físicos e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro.
Autoridades médicas não estimulam o autoexame das mamas como estratégia isolada de detecção precoce do câncer de mama. O autoexame não identifica tumores menores, o que pode atrasar um diagnóstico e diminuir as chances de cura. A mamografia é a única maneira de diagnosticar a doença em seu estágio inicial, o que aumenta, consideravelmente, as chances de cura.
No intervalo entre as mamografias a mulher deve ficar atenta e procurar um médico caso encontre alguma alteração nas mamas, como secreção espontânea no mamilo, inchaço que não desaparece, pele enrugada ou com depressões, pele descamativa ao redor do mamilo e alteração nos mamilos (inversão).
A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que mulheres a partir dos 40 anos devem fazer a mamografia a cada dois anos. Se há casos na família e se há fatores de risco, esse prazo pode diminuir. Na dúvida, consulte o seu médico.