Depois de dois dias de desfiles lindos e muita coisa bacana acontecendo dentro de fora das passarelas, já dá para escrever um pouco sobre o que vem por aí e o que já chegou!
O primeiro desfile do MT foi o de Fabiana Milazzo, que trouxe uma moda festa diferenciada, com uma pegada grunge aliada ao romantismo que já é característico da marca. As tops Isabeli Fontana e Carol Ribeiro desfilaram esses dois universos, em peças delicadas em tons pastéis, bordados, rendas e pérolas em contraponto a uma pegada destroyed, com camisas em xadrez e acabamentos desfiados.Achei top!
O segundo desfile foi da Faven, que se baseou na irreverência de uma mulher ousada para sua época, ou seja: Todas nós! A coleção traz uma releitura de peças íntimas, como a lingerie, dos antigos corselets e sutiãs, tops e hobbies e da riqueza de detalhes das rendas francesas, suas fendas e transparências em cores pálidas, mas tudo adaptado aos nossos tempos, com muita sensualidade e romantismo! Os shapes são próximos ao corpo para valorizar as curvas e os vestidos são super femininos, com alfaiatarias e tricots fazendo um contraste interessante com peças mais leves e sequinhas. Um outro contraponto é na cartela de cores, com tons suaves e fortes, quentes e neutros e um pouco de preto para criar um ponto focal.Tudo para mostrar uma mulher romântica, mas ao mesmo tempo forte e atual.
A Plural também se inspirou na delicadeza e na força das mulheres,mas também na luta pela igualdade de gênero e em seu desejo de traçar o próprio caminho, repleto de encantos e contradições.Com isso, tivemos peças divertidas, cheias de atitude, e ao mesmo tempo confortáveis. A modelagem fluida, longilínea e sofisticada proporciona um estilo contemporâneo e descomplicado. Os tecidos brincam com diferentes texturas e acabamentos, num mix de linho, jersey, georgette plissado e renda. Desenvolvida a partir de colagens, a estamparia harmoniza diferentes estilos – entre formas abstratas, pinceladas e florais – traduzindo a diversidade feminina.Quente e solar, a cartela de cores traz a luminosidade do amarelo, a vibração do laranja, a suavidade do rose e o frescor dos cítricos. Para complementar os looks,sapatos desenvolvidos em parceria com a Vicenza, abolsas da Carré e brincos e colares criados por Carlos Penna.
Convidada mais do que especial, a mineira Sonia Pinto participou pela primeira vez do Minas Trend com uma coleção bem minimalista e sensacional. Sua estética combina moda e arte e sua sensibilidade e beleza são atemporais. As modelagens têm recortes irregulares e detalhes que lembram origami e as texturas privilegiam o conforto em formas inusitadas e muita sutileza. Seu acabamento é tão primoroso que até do avesso temos belo acabamento e estilo.. “Amo as linhas indefinidas que trazem sempre um desafio para quem cria e para quem usa a roupa. Minha preocupação maior é o conforto, porque a pessoa não pode perder a expressão. O que impera é o balanço do corpo, não a forma”. A audácia de seguir seu próprio caminho, sempre na contramão do consumo padronizado, torna sua moda referência para pessoas que valorizam uma roupa não descartável, com charme intelectual, despertando paixão em quem se identifica com o conceito e com sua inspiração andrógina oriental.
No segundo dia de desfiles da temporada Primavera – Verão 2017 o estilista Lino Villaventura apresentou sua coleção para a estação na passarela do do Minas Trend, no Expominas, em Belo Horizonte.
Esse ano foi a vez da Confraria mostrar a sua linha de bolsas na parte de acessórios do Minas Trend, uma das mais importantes do segmento de moda. Sob os holofotes da sala de desfiles, a coleção da Confraria apostou
em trabalhos feitos à mão, com materiais naturais – tudo certificado pelo Ibama, pensando na sustentabilidade – como junco, palhas e couros, que se alternaram em uma profusão de tramas e texturas exuberantes como se a passarela fosse um lindo e vintage pic nic. 
O mineiro – e delicioso – Lucas Magalhães sempre se mostrou um apaixonado por obras e padrões gráficos, por uma composição de cores vibrantes, além de modelagem enxuta e confortável. Sua coleção Verão 2017 reflete todas essas características, além do bem feito trabalho com tricô, desta vez buscando inspiração na obra da artista norte-americana Mary Heilmann. Arrasou!
“Gosto de ver casulos de borboletas. Lagartas feias que adormecem, esperando a mágica da metamorfose. De fora, olhamos e tudo parece imóvel e morto. Lá dentro, entretanto, longe dos olhos e invisível, a vida amadurece vagarosamente. Chegará o momento em que ela será grande demais para o invólucro que a contém. E ele se romperá. Não lhe restará outra alternativa, e a borboleta voará livre, deixando sua antiga prisão… Voar livre, liberdade .“RUBEM ALVES
Ícone do espírito libertário, o mineiro Rubem Alves marcou a década de 70, época em que “todos queriam se sentir como as Borboletas”. Esse espírito inspirou a coleção Verão 2017 da Viva por Vivaz. Tudo começa no insosso casulo e culmina em todas as fantásticas cores de um dos mais belos seres da natureza,o que fez com que a cartela de cores tenha tanto os tons frescos, como o rosa primavera e o verde menta como o camel e o azul céu e preto. Junto com essa pegada, a marca também resgata a memória no “mood“ da Trendsetter da década: Zandra Rhodes, que destacou-se na vanguarda londrina pelo brilho vibrante e excêntrico de suas criações, com shapes lânguidos em tecidos fluidos, como os caftãns e vestidos evasês, a alfaiataria simples e feita no crepe e também o cetim princese e tafetá para a linha “all night long”.
Além de linda, a coleção da Viva traz peças versáteis, divertidas e com uma pegada boho-chic para ser usado das 7h às 7h. Achei chique!