Essa pergunta pode parecer estranha, bizarra até, mas esse simples fato pode falar muito sobre você. A reação de um homem frente a uma barata é algo que deve ser estudado minuciosamente por uma mulher antes de qualquer compromisso. Mesmo.
Penso que quando um homem foge para o outro canto da sala quando vê uma barata ou grita de maneira histérica quando uma voadora entra pela janela, devemos repensar alguns conceitos. Afinal, esse seria o papel da mulher. Nós temos esse direito. Mas nesse caso, é a gente que acaba matando a monstra.
Esse discurso todo pode parecer machista, mas tenho alguma experiência para perceber que homens com muito nojinho ou frescura acabam deixando algo a desejar em outros momentos também. Quem quer um cara cheio de “não me toques” na hora H? Ou que deixa de fazer coisas por que não quer se expor?
Um homem que mata barata sem pestanejar, com o sapato – ou chinelo – que está no pé mesmo, na cara e coragem, é um homem determinado. Sem frescura. É o tal que vai topar qualquer parada, encarar a vida do seu lado e nunca esperar que façam algo por ele. Simples assim.
E isso vem desde menino. Tenho dois filhos e quando percebi que quem estava matando as baratas na minha casa era eu, tive uma conversa séria. Então disse:
“-Vocês precisam ter coragem e enfrentar. Baratas, aranhas, o que for. A vida vai lhes pedir isso. E os monstros e desafios só vão piorar.”
Sim, porque “matar barata” ou “matar um leão por dia” são posturas que demonstram que a pessoa está na vida para lutar e vencer. Encarar esses desafios mostra força de caráter e personalidade, fundamentais em um grande homem.
E um grande homem é aquele que, além de matar a barata, vai nos dar aconchego e sexo bom. Vai dar carinho, beijo na boca e noites inesquecíveis. Vai prestar atenção nas nossas vitórias e ajudar – de verdade – nos problemas. É tipo um Indiana Jones com um buquê de flores em uma mão e um chicote- ui!- na outra, falando: Deixa comigo!
Acho que nunca estivemos tão carentes disso. Tão carentes de alguém que perceba que ainda somos – e queremos – ser um pouco frágeis. E não queremos – nunca mais – ter que matar uma barata… literalmente ou não.