Começou nesta segunda-feira, 15/04, a Campanha Nacional de imunização contra a Influenza, que tem como objetivo reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza nos grupos prioritários, que tem até o dia 26/04 para serem imunizados.

QUEM DEVE SER VACINADO:

 – Indivíduos com 60 anos ou mais de idade;

 – Trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem atendimento para a influenza;

 – Os povos indígenas;

 – As crianças na faixa etária de seis meses aos menores de dois anos;

 – As gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto);

 – Os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clinicas especiais;

 – A população privada de liberdade.

“Nosso objetivo é proteger a parcela da população que corre mais risco de ter a doença na forma mais grave. A contra-indicação é válida somente nos casos de alergia grave. Ou seja, são aquelas pessoas que não podem comer sequer alimentos feitos que levem ovo”, diz a coordenadora estadual de imunização, Tânia Brant.

A DOENÇA:

A Influenza ou Gripe A (H1N1)

A influenza constitui-se em uma das grandes preocupações das autoridades sanitárias, devido ao seu impacto na mortalidade decorrente das suas variações antigênicas cíclicas sazonais. A Organização Mundial de Saude (OMS) por meio do Programa Global de Influenza monitora a atividade da doença mundialmente. É uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais.

A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto a boca, aos olhos e ao nariz. Os vírus influenza são da família dos Ortomixovirus e subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica, podendo sofrer mutações. Os vírus A e B são responsáveis por epidemias de doenças respiratórias que ocorrem em quase todos os invernos, com duração de quatro a seis semanas e frequentemente associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte.

Os sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, rinorreia, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, mialgia e cefaléia. A maioria das pessoas infectadas se recupera dentro de uma a duas semanas sem a necessidade de tratamento médico. No entanto, nas crianças muito pequenas, idosos e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar a formas clinicamente graves, pneumonia e morte.

O tratamento antiviral e importante no manejo clinico da gripe severa ou complicada. Assim, a vacinação anual é recomendada para proteção contra a gripe, sendo recomendada para os grupos alvos definidos pelo Ministério da Saúde, mesmo que já tenham recebido a vacina na temporada anterior. Os casos graves da doença evoluem para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) levando ate mesmo ao óbito. Essas complicações são bem mais comuns entre menores de 2 anos, idosos, gestantes e pessoas com historia de patologias crônicas, podendo elevar as taxas de mortalidade nestes grupos específicos.

A OMS estima que há no mundo cerca de 1,2 bilhão de pessoas com risco elevado de complicações por gripe: 385 milhões de idosos acima de 65 anos de idade, 140 milhões de crianças, e 700 milhões de crianças e adultos com doença crônica. Além disso, há necessidade de proteger os profissionais que atuam na assistência a doentes visando a preservação desta força de trabalho e secundariamente evitar a propagação da doença para a população de alto risco.
 

CONTRA INDICAÇÕES

A vacina contra a influenza sazonal e pandêmica não deve ser administrada em:

    Pessoas com história de reação anafilática prévia ou alergia severa relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina;
    Pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores também contraindicam doses subsequentes.

 
PRECAUÇÕES

    Em doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina a manifestação;
    Para pessoas com história pregressa de síndrome de Guillain Barré – SGB,recomenda-se realizar avaliação médica criteriosa de risco-benefício da vacina.

EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAL

    Manifestações locais:

Dor no local da aplicação, eritema e enduração ocorrem em 10% a 64% dos pacientes. São benignas e autolimitadas geralmente resolvidas em 48 horas.

    Manifestações sistêmicas:

Febre, mal estar e mialgia podem começar entre 6 e 12 horas após a vacinação e persistir por um a dois dias. mais frequentes em primo vacinados.

    Manifestações de hipersensibilidade:

São raras e podem ser devido à hipersensibilidade a vacina. Reações anafiláticas graves contraindicam doses subsequentes.

 

 

NÃO VACILE, VACINE-SE!