Que a moda é cíclica todo mundo sabe e que nem tudo que é visto pode ser usado também já entendemos. Já usamos saias com barras em pontas, maiores de 1 lado, menores de outro, desfiadas como se nunca tivessem passado por uma costureira, enfim…De todas as maneiras possíveis e imagináveis. Nessa estação, a onda são as mullets. É isso mesmo, uma menção, aquele tipo de cabelo horroroso usado e abusado nos anos 80. Pois é, ele se tornou nome de peças de roupas que tem a parte de trás maior que a da frente. Normalmente em tecidos fluidos, elas tem uma espécie de cauda que fica linda em mulheres altas e magras. E só. Pelo tecido ser fluido e a parte de trás maior que a da frente, ela, além de acrescentar volume, também achata a silhueta.

Mulheres mais ousadas e fashionistas, que não querem se arriscar em um look todo longo e tem pernas pra mostrar, sem dúvida vão aderir a essa moda na próxima estação, mas devem ter cuidados. As brasileiras, por terem naturalmente mais quadril, devem pensar duas vezes. Lógico que, dependendo do tamanho da cauda, podemos até abrir exceções, mas é um perigo. Quanto mais longa, mais alta deve ser a pessoa e quanto mais curta, menor deve ser o bumbum…Difícil!

Já as mais tradicionais, podem aderir de maneira discreta, em blusas, camisas e saias com leve diferença entre uma parte e outra. Camisas estampadas ganham um ar fashion com uma leve cauda, da mesma maneira que saias na altura dos joelhos ficam charmosas com um leve arredondado na parte de trás.

 Por virem normalmente em tecidos mais fluidos, ela pede acessórios também mais leves. Com sandálias rasteiras e bolsas despojadas, passeiam em ocasiões informais. Mas se você prefere ousar com saltos e clutches, desfile em festas e baladas sem problemas.  Alexander McQueen e Stella McCartney lançaram a moda e quase todas as marcas brasileiras aderiram, como 2nd Floor, Tuffi Duek  Colcci e Totem.

 Já as tilt a hem tem a barra inclinada e vem em tecidos mais encorpados. Isso dá tem um melhor caimento tanto para as baixinhas como para as com maior quadril. Lógico que temos que adaptar: Alguns estilista mostraram modelos muito amplos, que são mais restritivos mesmo, como Osman, Marni e Jenni Kayne. Dependendo da cor e tecido, desfilam em todos os horários do dia, mas sempre em ocasiões diferenciadas. Ela tem uma estrutura mais rígida, o que pede acessórios mais elaborados. Não dá pra desfilar de dia de nem de maneira muito despojada com um vestido armado!

 Com belos saltos e joias, ela vai a casamentos, festas, tudo muito mais formal. Já com peep toes e bolsas maiores, as saias tilt a hem vão ao trabalho, mas devem ser mais justas ao corpo e menos armadas. Por virem em tecidos mais encorpados, não vejo esses modelos em produções mais despojadas e muito menos no nosso verão. Acho que vamos ter que esperar o inverno chegar para esse modelo emplacar. Marcas como Marni, Antonio Berardi, Balmain , Rag & Bone, entre outras já estão apostando suas fichas. E você?