Feitas em cores normalmente exóticas e materiais menos nobres, as pochetes sempre foram olhadas com desconfiança pelos fashionistas. Das hippies às de nylon, difícil era achar algum exemplar realmente bonito. Apesar de muito úteis e práticas, os modelos dos anos 80/90 eram quase todos feios e enormes e usados no lugar que menos queremos volume: na barriga! E é claro que, por causa disso, a simples menção à palavra “pochete” ainda causa arrepios em muita gente.
Mas no final de 2012 (!!!) Tory Burch, Hermès, Bottega Veneta e Diane Von Furstenberg apresentaram suas versões para a pochete nas passarelas e até Chanel apresentou seu desfile de alta costura com elas.Daí para desfilarem nas silhuetas perfeitas das Kardashians ou no estilo a toda prova de Sarah Jessica Parker foi um pulo. E ela ainda mostrou que dá para desfilar com uma pochete tanto com um jeans surrado quanto no Red Carpet, o que com certeza vai ajudar ainda mais a seduzir nós, pobres mortais. Afinal, elas não trazem nada dos modelos antigos e grosseiros. Ao contrário: surgem delicadas, em cores e estampas modernas e detalhes encantadores.
E para entender essa nova onda, fui dar uma pesquisada. Depois de ver todo mundo dando piti na internet por causa da volta das pochetes e ver alguns looks interessantes, cheguei a conclusão que a pochete pode, sim, emplacar. E por vários motivos: Elas vem mais discretas, em materiais nobres, pegada fashion e estão sendo usadas de lado. Ou seja:Combinam com tudo e não acrescentam barriguinha para ninguém! Além disso, elas são mega úteis para baladas, práticas esportivas e toda ocasião que peça mãos livres e muita praticidade. No carnaval então…Já é!
Agora, as dicas: A regra para se usar pochete é a mesma utilizada para as bolsas, sendo que elas ainda tem a vantagem de serem usadas tanto na cintura, como em diagonal ou na lateral do corpo. O estilo da pochete deve sempre conversar com o resto do look: Se o vestido é de seda, a pochete tem que ser puro glamour. Se o estilo é hippie, ela pode ter franjas, detalhes e um pouco mais. Em looks monocromáticos valem as pochetes estampadas e mega coloridas. Mas se o look já for demais, use uma pochete mais sequinha. No fim, vale o bom senso. E se sentir confortável com essa aquisição. Não vale usar nada só por estar na moda. Faça seu estilo e desfile confiante!
Olha desde quando eu tô falando isso:
Publicação: 01/03/2015 04:00 Matéria do Estado de Minas na íntegra
E não é que elas voltaram?
Febre nos anos 1990 e posteriormente alçadas ao ridículo, as pochetes invadem as passarelas com modelos repaginados e prometem ser tendência novamente. A pergunta é: você usaria?
Izabella Figueiredo
Diane Von Furstenberg |
Atire a primeira pedra quem nunca, mesmo na juventude, prendeu à cintura a pequena bolsa de náilon com zíper. Mais que tendência nos anos 1990, as pochetes eram consideradas práticas por carregarem os pertences mais básicos como chaves, carteira e documentos e, pela sua localização frontal, diminuíam o risco de serem furtadas. Em contrapartida, o acessório nunca conseguiu atingir um patamar fashion porque os modelos disponíveis não conseguiam compor um look, além de dividir a silhueta em duas.
Já no início dos anos 2000, a pochete não somente caiu de moda, como se tornou alvo de chacotas e foi inclusive considerada em múltiplas enquetes como “o item mais brega que alguém pode usar”. “As pochetes sempre foram olhadas com desconfiança pelos fashionistas. Das hippies às de náilon, difícil era achar algum exemplar realmente bonito. Apesar de muito úteis e práticas, os modelos eram enormes e usados no lugar que menos queremos volume: na barriga”, relembra a consultora de estilo Carol Meyer.
E foi assim que as pochetes caíram no ostracismo total. Caso algum reles mortal chegasse a cogitar que, um dia, o acessório voltaria a ser usado, com certeza o espanto seria geral. Assim como as ombreiras, os sutiãs com alças de silicone e as calças baggy, as pochetes fazem parte daquele time de tendências que qualquer pessoa prefere esquecer que um dia usou. Ou faziam?
Iguais, porém diferentes Para quem achava que as pochetes já tinham encontrado lugar cativo no fundo do maleiro e jamais circulariam nas ruas novamente, a notícia pode ser chocante: elas estão prestes a voltar, com fôlego renovado. O refrigério, porém, é que estão totalmente repaginadas e são feitas de materiais mais sofisticados, como o couro.
Como não poderia deixar de ser, o retorno do acessório tem origem nas catwalks. Desde o fim de 2012, grifes poderosas como Tory Burch, Hermès, Botega Venetta e Diane von Furstenberg apresentaram suas novas versões das pochetes nas passarelas e até Chanel aderiu à temida “bolsa de cintura”. A Marc by Marc Jacobs também abusou dela em seu desfile de inverno 2015/16 na Mercedes Benz Fashion Week, em Nova York. Daí para ornar as finíssimas cinturas das irmãs Kardashians ou no estilo a toda prova de Sarah Jessica Parker nos red carpets não demorou muito. “Os novos modelos de pochete têm tudo para nos seduzir. Afinal não trazem nada dos modelos antigos e grosseiros. Ao contrário: surgem delicadas, em cores e estampas modernas e detalhes encantadores”, defende Carol Meyer.
Mas vai emplacar?
Embora as pochetes finalmente tenham encontrado uma chance de reviver seus dias áureos, não existe garantia de que vão invadir as ruas novamente. Afinal são incontáveis as tendências que são vistas nas passarelas e tapetes vermelhos e por lá permanecem. Quem não se lembra do polêmico “pijamismo”, ou os esvoaçantes conjuntos estampados de seda que andaram abarrotando desfiles de grifes como Louis Vuitton, Salvatore Ferragamo e Michael Kors em 2012, mas não ganharam muitos adeptos comuns? Pode acontecer.
Carol Meyer, entretanto, acha possível que o complemento emplaque, sim, no cotidiano das brasileiras, já que desta vez vem com pegada sofisticada e está sendo usado de lado. “Ou seja, não acrescenta barriguinha a ninguém”, reforça.
Para quem se convenceu de que voltar a incorporar pochete às produções é possível, a stylist recomenda que o acessório seja usado com a mesma finalidade de uma bolsa, podendo variar entre cintura, diagonal e lateral do corpo. Para ela, é importante que o estilo da pochete sempre converse com o restante do look. “Se o vestido for de seda, a pochete deve ser puro glamour. Se for hippie, pode ter franjas e um pouco mais de detalhes”, exemplifica. Para ela, o que conta mais, entretanto, é o bom senso e o fator conforto. “Não vale usar nada só por estar na moda. Faça seu estilo e desfile confiante”, arremata.